quinta-feira, 7 de maio de 2009

Cadê meu nariz vermelho?

Não duvido da minha capacidade de ser enfermeira. Duvido da capacidade de meu coração suportar, sem que se descompasse patologicamente, as dores e horrores que encontramos no mundo.
Não falo de periferia, nem de onde judas perdeu as botas. Falo do hospital aí, do ladinho da sua casa.
Sou humanista total! Digo sempre SIM à equipe e NÃO ao ato médico. E adoraria sair em uma manifestação universitária que fizesse história na saúde do país. Infelizmente o que encontramos são profissionais anestesiados pelo sistema, fissurados no egoísmo, incapazes de entender ou colocar-se no lugar de quem quer q seja.
Adoro a saúde pública. Odeio a saúde pública.
E é nessa infeliz constante que nós seguimos. Uns contaminam-se logo pela falta de ânimo e adaptam-se perfeitamente ao perfil monótono, sem vida e desumano. Outros [aqueles que sonham com Patch Adams], são tidos como utópicos, românticos ou infantis.
Mas qual é mesmo o ideal???



"Ganhei" esse vídeo do futuro enfermeiro mais apaixonado pela profissão que eu já conheci na vida! Ele é tudo que faz bem ao meu coração s2... e tudo que vai fazer bem a todos os pacientes que ele encontrar pela vida. Vale à pena assistir...

4 comentários:

Dexter disse...

Seria mais correto você dizer:
- Odeio a saúde pública.
- Adoro a saúde do público.

Beijos!

Thiago Laurentino disse...

A saúde pública precisa de pessoas como você :/

:*

Alice Reis disse...

na verdade, eu deveria ter dito:
Odeio a Saúde Pública.
Adoro a Saúde Pública.

com as devidas letras maiúsculas... ficaria mais auto-explicativo...

tendeu?

Manuela disse...

Qdo me formei em medicina..eu ainda era cheia de sonhos, ideais, projetos...mas depois de um tempo, vi que a realidade é totalmente diferente. Os sonhos ainda existem, claro. Mas para fazer bem o meu trabalho, eu preciso deixá-lo de lado algumas vezes.

Como o nosso sistema de saúde pública, colocar em prática os sonhos que tive durante tds os anos de faculdade, é mesmo utopia. Infelizmente.

Mas não é por isso que vou deixar de amar a profissão. A culpa não está na medicina. Está em quem administra a medicina.

Já dei plantão em hospital que não tinha nem gaze. Nessa horas o sonho fica de lado e entra a dura realidade.
Pior, qdo chega medicamento na farmácia, vejo os próprios funcionários do hospital fazendo uma maletinha e levando p/ casa.

É impossível não ter sangue frio nessas horas. rs

Bjos.